terça-feira, 10 de abril de 2012

O TAL DO ARMÁRIO

Olá #Pimentinhas lindas hoje, oficialmente estamos marcando o retorno dos @BoysApimentados aqui no blog.

Como já falamos em posts anteriores, foram meses longe dessa gostosura aqui, mas, muita coisa nos aconteceu e muitas novas #Pimentinhas surgiram e um questionamento sempre se manteve nas cabecinhas de todos nós, por isso, #Rick e eu (#Lipe), queremos conversar com vocês sobre o tão famoso “Armário”, do qual muitos vivem a vida inteira dentro dele, outros o têm como uma espécie de segundo lar, como um esconderijo, um lugar de passagem, ou mesmo uma prisão.

Eu (#Lipe), começo dizendo que vejo o armário como uma fortaleza... Em minha opinião ela pode tanto, nos ajudar a planejar o combate seguido de vitória, como pode nos levar a sempre permanecer na defensiva dentro de um local "seguro".

"Um armário pode ter muitas portas, muitos formatos, muitos segredos. Um armário pode ser de várias cores e também de muitos modelos.” (Maitê Schneider)

Para mim (#Rick), sair do armário hoje em dia é um dilema na vida de muitos jovens da nossa geração... E bote jovens nisso, olha! Por que não é brincadeira a quantidade de pessoas que se escondem na escuridão desses lugares, prezando pela sua individualidade e discrição. A maioria pensando na família, outros por questões profissionais e a grande parcela, se esconde, por terem uma vida dupla.


Pois é #Rick, aprendemos que não nos descobrimos gay, como se acordássemos e ao olhar no espelho temos a certeza de que braços fortes e barba por fazer são tudo o que precisamos para ser feliz (rsrs). Brincadeiras à parte, sinceramente, cremos que no fundo, a gente sempre soube/sabe o que queremos e o que nos atrai, mas por vários e vários motivos, fugimos da “tentação” ignorando os desejos ou camuflando a verdade nos escondendo para evitar exposição, chacotas e cobranças (da família, amigos, colegas de trabalho, etc).

Situações como esta são unanimidade em nosso meio, afinal, é nessa hora que entramos em parafuso e começamos a brigar com nosso próprio ego. São nossas próprias convicções que são postas à prova, nossos princípios começam a ser questionados e de fato, se houvesse nesta hora, um pózinho mágico que colocasse tudo em “ordem”, seria muito melhor. Isso porque devido tudo o que aprendemos desde o momento em que demos o nosso primeiro passo e aprendemos a dizer a nossa primeira palavra, foi posto em xeque e na nossa cabeça é mais difícil do que fácil nos assumirmos gay e viver como tal, do que passar a vida inteira lutando contra opiniões contrárias, estereótipos e preconceito.

É bem aqui neste ponto do caminho que encontramos o tal do “Armário”.

Mas, #Lipe, então, ficar ou não ficar? Eis a questão. Por isso, se me perguntasem... “Rick, o que você acha? Devo ficar no armário ou sair?” Minha celebre resposta seria... “Dentro do armário é mais gostoso.” hahahahahha...

Só que ficar ou sair, não é tão simples como se pensa. Existem pontos positivos, mas os negativos são maiores e pesam com mais intensidade, muitas das vezes fazem com que os pontos positivos quase inexistam. Fora, que os pontos positivos são sempre incertos. Se pararmos para pensar, quais seriam os pontos positivos em “sair do armário”? Na minha opinião, quase nenhum, pois corre o risco da sua vida profissional declinar, sua família não aceitar e sua vida social virar pó. A homossexualidade apesar de todos os avanços, ainda não é aceita por grande parcela da sociedade, pois desde criança aprendemos que homem é para a mulher assim como a mulher é para o homem desde Adão e Eva. Uma idéia implantada desde os primórdios.


Já para mim (#Lipe), sair do armário é libertador. É definir quem somos na realidade. Afinal, é melhor sair por conta própria do que ser arrancado dele.


Para André Luís Folha, 30 anos, “o armário é sempre uma máscara. Você não se define, não mostra quem é. Faz as coisas com medo. Mas pra quem não tem peito e coragem ele é necessário”.

Sobre viver fora do armário, André afirma que foi uma das melhores coisas que aconteceu, “porque posso ser quem sou, e não tenho vergonha de assumir, não preciso me esconder atrás de uma amiga e dizer que é namorada. Hoje tenho a liberdade de brincar em casa e falar coisas que antes não falaria para os meus pais e irmãos e apresento meu namorado pra todo mundo, não só como um amigo. São pequenas coisas que hoje valem à pena”.
Sabemos que não é uma atitude muito louvável mentir sobre quem somos é de verdade, mas as vezes é necessário visto o meio que vivemos. Ficar lá guardadinho muitas vezes é melhor para ficarmos resguardados do “mal” que há do lado de fora.


Pensem que "Sair do armário" é ver o horizonte e ampliar sua visão. É ajeitar suas gavetas, sem ter que continuar dentro da prisão. É colocar a sua essência para fora, sem ficar perguntando os porquês ou se é permitido. Lógico que tudo isto só é válido quando dentro de você, toca uma campainha, dizendo que chegou a hora de você abrir a porta. Não adianta seguir o exemplo de seu amigo ou de sua amiga que saiu do armário e arrombar a porta do seu. Sair do armário é mais do que imitar alguma atitude. Sair do armário é em primeiro passo ter a consciência do que se quer e de quem realmente você é. É conhecer a si mesmo, seus medos, seus sonhos, seus sentimentos e seus desejos. Pense, reflita, analise, pondere, veja o que quer, e somente quando tiver a certeza, pegue a chave que está dentro do seu coração, e guiada por esta verdade: abra a porta que está em sua frente e somente assim "saia do armário" e deixe o mundo entrar.



Sei que essa não é uma decisão fácil, mas, se faz necessária. E quando estiverem prontos para o sim ou para o não, saibam que tem em mim (#Lipe), um amigo para ouvir, rir, falar e brincar, afinal já passei por isso e quem sabe o que aconteceu comigo pode servir de exemplo? Sim, Sim... eu já saí do armário. Foi uma decisão difícil, amarga e cheia de conseqüências. Mas, depois que a maré acalmou e a tempestade passou o sol finalmente brilhou e tudo ficou mais claro porque eu finalmente aceitei o que sou e o que quero. Até minha relação com meus pais tem melhorado a cada dia. Hoje não tenho mais medo. Meus pais, amigos e colegas de trabalho e faculdade me respeitam principalmente porque eu me respeitei primeiro. #PensemNisso



Lembrem-se, se quiserem sair do armário sejam felizes e contem comigo, mas se por um acaso ainda quiserem continuar dentro dele, nos chamem para visitá-los!



Beijos e cheiros

#Lipe e #Rick

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